Pressão arterial pode ser reduzida com musculação, diz estudo
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, e a hipertensão arterial é responsável por 13,8% das mortes causadas por doenças cardiovasculares.
Um estudo elaborado por brasileiros publicado na revista Scientific Reports mostrou que treinamentos de força – a famosa musculação – podem ser eficientes para diminuir a pressão arterial.
Os dados sugerem que essa modalidade, com intensidade de carga moderada a vigorosa, 2 ou 3 dias por semana, realizado por pelo menos 8 semanas, é uma boa estratégia para diminuir a pressão arterial em indivíduos hipertensos. O Treinamento de força para tratamento da hipertensão arterial: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados é assinado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O estudo avaliou o efeito do treinamento de força por 8 semanas ou mais em adultos com hipertensão arterial, com 253 participantes com hipertensão, na faixa dos 59 anos de idade.
A meta-análise demostrou que os valores médios de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) diminuíram significativamente após as intervenções de treinamento de força.
O efeito mais forte do treinamento de força na diminuição da pressão arterial foi observado em protocolos com intensidade de carga moderada a vigorosa (pelo menos 60% de uma repetição máxima), frequência de no mínimo 2 vezes por semana e duração igual ou maior que 8 semanas. Ou seja, se a máxima carga com a qual consegue fazer uma única repetição é de 10 quilos, a carga mais vantajosa de treino estava acima de 6 quilos.
“Concluímos que as intervenções de treinamento de força podem ser utilizadas como tratamento não medicamentoso para hipertensão arterial, pois promovem reduções significativas da pressão arterial”, argumentaram os pesquisadores.
A hipertensão é uma doença multifatorial que progride com a idade e tem maior prevalência em idosos. Nesta análise, os pesquisadores também descobriram que o efeito da intervenção do treinamento de força pode ser afetado pela idade do participante. Apesar do estudo ser científico e preciso, vale consultar médicos e educadores físicos para saber qual grau de intensidade dos exercícios indicado ao paciente.
Fonte: Scientific Reports / CONFEF / Istoé Dinheiro