Associadas da APMP participaram do primeiro CONAMP Mulheres da história
Os dias 14 e 15 de junho foram históricos para o Ministério Público brasileiro. Nesta data foi realizada a primeira edição do Congresso CONAMP Mulheres, que reuniu centenas de promotoras, procuradoras, promotores e procuradores de Justiça de todo o Brasil. O evento foi realizado em Brasília/DF.
A programação do CONAMP Mulheres foi extremamente robusta. A abertura do evento contou com a presença da Ministra do STF, Cármen Lucia. Ainda no primeiro dia, foram discutidos temas como saneamento básico, empreendedorismo, dignidade existencial, violência e equidade de gênero. No painel que teve como tema "Dignidade Existencial Feminina", a associada da APMP, ex-presidente da APMP e ex-procuradora-Geral de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, foi uma das participantes.
Já no dia 15 foi debatido de maneira mais profunda o direito das mulheres e a atuação das mulheres dentro do Ministério Público brasileiro. A primeira palestra do dia teve como tema "Atuação do Ministério Público com perspectiva de gênero na vanguarda das transformações" e foi realizada pela procuradora de Justiça de Goiás, Ivana Faria. A mesa foi presidida pela Diretora de Mulheres Associadas da APMP, Mariana Dias Mariano.
“Foi um acontecimento histórico, resultado de uma mobilização forte das mulheres do Ministério Público, que se consolidou nesse evento e marcou o compromisso da CONAMP com a pauta da equidade de gênero. O congresso esteve lotado, com palestras e debates extremamente interessantes”, destacou Mariana Dias Mariano.
Organizado pela CONAMP e pela Comissão de Mulheres da entidade, o congresso contou também com o apoio e participação de diversas entidades da sociedade civil, fato celebrado pela associada Symara Motter, que faz parte da comissão de apoio da Diretoria de Mulheres Associadas da APMP e é também candidata à presidência da Associação, na chapa Ampla APMP. “Esse envolvimento é a prova que o tema é emergencial na nossa sociedade e que ele traz consigo uma série de benefícios, como o por exemplo, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da democracia, com a inclusão do ponto de vista das mulheres nas decisões administrativas e políticas”, destacou.
“O congresso como um todo demonstrou que há uma convergência dentro do Ministério Público brasileiro com a pauta, uma vez que tivemos uma participação massiva. O evento foi muito produtivo que resultou na troca de contatos e experiências entre mulheres e agentes do MP em prol da causa de equidade de gênero”, completou Symara Motter.
Associadas participam em grande número
O CONAMP mulheres reuniu um grande número de associadas da APMP. Além das dez associadas que ganharam as inscrições em sorteio realizado pela Associação, diversas representantes do Paraná estiveram presentes em Brasília. Confira o que algumas delas disseram do congresso.
Nayani Kelly Garcia - 2ª vice-Presidente da APMP, promotora de Justiça. 1ª Diretora de Mulheres Associadas da história da APMP e 1ª coordenadora da Comissão de Mulheres da CONAMP
“O 1° Congresso Nacional CONAMP Mulheres foi um sucesso absoluto. Excelentes palestrantes e temas, com participação expressiva de promotoras e procuradoras de justiça de todo o Brasil, além de uma cuidadosa e eficiente organização pelo Comissão de Mulheres da CONAMP.
O resultado positivo do congresso somente demonstra a relevância do tema e a preocupação da classe em obter uma efetiva igualdade de gênero em nossa instituição”.
Samia Saad Gallotti Bonavides – Associada da APMP e subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos de Planejamento Institucional
“O Congresso significou um marco importante para expor as questões relativas à participação das mulheres na vida institucional. A importância da presença da mulher nos quadros dos Ministérios Públicos, com o significado diferenciador da atuação feminina, é algo que veio se sedimentando ao longo dos anos. Passou-se a compreender que mulheres trabalham bem, mas que as circunstâncias de sua vida pessoal e profissional precisam ser consideradas segundo a perspectiva de gênero, para que as dificuldades não resultem em sobrecarga injusta de tarefas. O coletivo social e também o institucional devem isso às mulheres. Por tal razão, o fato de existir um espaço de grande visibilidade, onde as mulheres possam discutir o avanço civilizacional que tudo isso significa, é algo espetacular, que merece aplausos, emoção, muita teoria feminista, banda, cantoria e danças. E houve tudo isso lá, porque onde estão mulheres todos se divertem e vivem muito bem”.
Terezinha de Jesus de Souza Signorini – Associada da APMP e procuradora de Justiça
“O Congresso CONAMP Mulher congregou ouvintes e convidadas comprometidas em dialogar sobre a promoção dos direitos das mulheres e o papel do Ministério Público na efetivação desses direitos. Ocorreram palestras e debates enriquecedores sobre os desafios enfrentados pelas mulheres, não apenas no cenário institucional, como também na sociedade contemporânea como um todo. A partir de reflexões permeadas pelo viés da interseccionalidade e da compreensão de que a estrutura patriarcal, que reproduz o machismo, racismo, sexismo e outras formas de opressão, eterniza seus mecanismos de naturalização através do discurso, abordaram-se temas relevantes, tais como: a violência contra a mulher, inclusão, empoderamento feminino, igualdade salarial, participação política, saúde da mulher e saneamento básico, e outros. Com o enfrentamento de indesejáveis dados da realidade que ainda se impõem em desfavor das mulheres, segundo os marcadores de raça, cor, gênero, sexualidade e classe, a tônica das falas das convidadas foi sobre o quanto ainda há de se avançar em cada problemática, pois, embora seja importante reconhecermos todas as conquistas, sempre é preciso renovar o fôlego na luta contínua em busca de mudanças significativas e duradouras, renovando o compromisso que selamos com a sociedade na defesa intransigível desses direitos e fazendo valer a nossa modesta representatividade no cenário da Justiça brasileira”.
Ana Cristina Cubas Cesar – Associada da APMP e promotora de Justiça
“Foi uma experiência incrível fazer parte do 1º CONAMP MULHER, em especial para colocarmos em prática maior participação feminina em temas tão caros para a instituição e para a sociedade”.
Andrea Simone Frias – Associada da APMP e promotora de Justiça
“O evento foi histórico, incrível. Contou com palestras de altíssimo nível, proporcionou contato com mulheres engajadas do Ministério Público brasileiro, de outras entidades e iniciativa privada. Foi uma troca de experiencias marcante e com certeza o primeiro de muitos que virão. Parabéns a APMP que foi uma co-parceira do evento, à Diretoria de Mulheres Associadas, que teve um espaço incrível mostrando o trabalho no Paraná. Que venham outros encontros, seja em nível estadual, nacional e quem sabe até internacional”.