Evento na APMP marca lançamento do livro “A defesa dos Direitos Humanos na visão de Mulheres do Ministério Público”
A noite da última sexta-feira (21) foi especial na APMP com o evento de lançamento do Livro “A defesa dos Direitos Humanos na visão de Mulheres do Ministério Público”, que reuniu quase 100 pessoas no salão nobre da sede da Associação em Curitiba.
O evento contou com a presença de diversas autoridades do Ministério Público, associados e associadas da APMP, além de convidados e integrantes de outros estados do MP. Compuseram a mesa de lançamento: o presidente da APMP, André Tiago Pasternak Glitz, a procuradora de Justiça de Goiás, Ivana Farina Navarrete Pena, a procuradora de Justiça e presidenta da Associação do Ministério Público do Acre (AMPAC), Meri Cristina Amaral Gonçalves, a promotora de Justiça de Santa Catarina, Chimelly Louise de Rosenes Marcon, o corregedor nacional do Ministério Público, Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, e o procurador de Justiça do Paraná, Olímpio de Sá Sotto Maior, representando o Ministério Público do Paraná.
O presidente da APMP, André Glitz, apontou a representatividade de cada um dos componentes da mesa de abertura e aproveitou o lançamento do livro para ressaltar o trabalho da Comissão de Mulheres da Associação Nacional de Membros do Ministério Público (CONAMP) e da Diretoria de Mulheres Associadas da própria APMP.
“Estou há quase três anos e meio na associação. Não poderia deixar de registrar o quanto eu aprendi com as mulheres, com algumas em específico, que me ajudaram e me ajudam na diretoria da APMP. Cresci e amadureci como pessoa e isso eu vou dever sempre a elas”, afirmou.
Na mesma linha do presidente da APMP, o procurador de Justiça do Paraná e coordenador do CAOP de Direitos Humanos, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, também falou sobre o aprendizado diário que tem junto às mulheres do MPPR e lembrou que o livro lançado no evento é mais um elemento disponível para quem deseja se informar e aprender sobre a igualdade de gênero. “Certamente essa obra vai servir para todos trilharmos os melhores caminhos. Na agenda desse estado de direito democrático não tenho dúvida que a promoção da igualde de gênero deve estar na primeira folha”, disse.
A presidenta da AMPAC, Meri Cristina Gonçalves, que representou a Comissão de Mulheres da CONAMP, falou sobre o trabalho geral da Comissão no sentido de buscar aumentar a representatividade das mulheres nas ações dentro do próprio MP. “Só tem sentido a gente se mobilizar em prol da mulher na sociedade se nós também estivermos com uma postura pró-ativa no sentido de ocuparmos os espaços necessários. Essa obra reflete essa iniciativa e nossa mobilização”, declarou a presidenta da AMPAC.
Já o corregedor nacional do Ministério Público, Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, lembrou da agenda que a comitiva da CNMP cumpria em Curitiba na data do evento e agradeceu a oportunidade de participar do evento. “É um momento emblemático e uma alegria muito grande estar aqui saudando e enaltecendo essas inspiradoras mulheres do nosso Ministério Público”, completou.
Após a mesa de abertura ser desfeita, tiveram início as palestras de algumas das responsáveis pela obra. Participaram deste momento: a procuradora de Justiça de Goiás, Ivana Farina Navarrete Pena, uma das autoras da publicação; a Subprocuradora-Geral para Assuntos de Planejamento Institucional do Ministério Público do Paraná (MPPR), Samia Saad Gallotti Bonavides, também autora do livro, Chimelly Louise de Resenes Marcon, organizadora da obra; e a Diretora de Mulheres Associadas da APMP, Mariana Dias Mariano, também uma das autoras.
A diretora de Mulheres Associadas da APMP, Mariana Dias Mariano, aproveitou para enaltecer a presença de cada uma das pessoas que prestigiaram o evento e fez questão de demonstrar a satisfação em realizar o lançamento do livro na APMP. “É uma honra e um orgulho recebermos na nossa associação o lançamento deste livro que foi escrito por pessoas tão valorosas do nosso Ministério Público”, enfatizou a diretora.
Já a procuradora de Justiça de Goiás, Ivana Farina Navarrete Pena fez uma explanação sobre a criação do movimento que resultou na publicação da obra, relembrando a temática institucional do tema, baseada no texto da própria constituição nacional.
Ela lembrou que a igualdade de gênero está presente na constituição do país, sendo uma das bases do texto. “Não existe democracia sem direitos humanos, sem o fundamento da dignidade da pessoa humana. Isso está presente na constituição, quando temos entre os fundamentos dela a dignidade da pessoa humana”, citou a procuradora.
Sobre a obra, Ivana Navarrete ressaltou o quão importante e denso é o texto, diante da importância do tema. “São 31 artigos, escritos por 45 mulheres, que acreditam, que possuem esperança e que trabalham todos os dias em busca dessa igualdade prevista na nossa constituição”, complementou.
A Subprocuradora-Geral para Assuntos de Planejamento Institucional do Ministério Público do Paraná (MPPR), Samia Saad Gallotti Bonavides lembrou dos aspectos que ainda são obstáculos para a igualdade de gênero, como a questão econômica e as relações de poder. “Hoje uma menina que nasce levaria 132 anos para alcançar a equidade de gênero, estávamos em 100 anos, mas, de acordo com o fórum econômico mundial a pandemia fez esse dado aumentar novamente”, apontou.
Quem finalizou as palestras do evento foi a promotora de Justiça de Santa Catarina, Chimelly Louise de Rosenes Marcon, organizadora do livro. Ela contextualizou sob uma perspectiva pessoal a execução da obra e lembrou que o livro é a finalização de um projeto que vem sendo construído desde 2018.
“A obra é a consolidação de um projeto que começou em 2018 com a carta de Belo Horizonte. É uma trajetória da busca por espaço, principalmente pelas mulheres do Ministério Público”, finalizou.
O lançamento foi acompanhado presencialmente por várias autoridades do Ministério Público brasileiro, incluindo também várias integrantes do Movimento Nacional de Mulheres de Santa Catarina.
O evento teve transmissão ao vivo pelo Youtube da APMP (clique aqui e assista).
Sobre a obra
O livro é uma obra coletiva, de iniciativa do Movimento Nacional de Mulheres do Ministério Público, e tem a participação de diversas procuradoras e promotoras de Justiça de todo o Brasil, incluindo várias associadas da APMP. Entre as membras do Paraná estão: Mônica Louise de Azevedo e Samia Saad Gallotti Bonavides, procuradoras de Justiça, e as promotoras de Justiça: Amanda Ribeiro dos Santos, Carolina Dias Aidar de Oliveira, Clarice Bonelli Santos Salgado, Mariana Dias Mariano, Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira.
Confira as fotos do evento aqui.