NOTA DE REPÚDIO

A ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO, entidade de classe que congrega Promotores e Procuradores de Justiça, vem a público manifestar REPÚDIO aos acontecimentos verificados na tarde da quarta-feira, 29 de abril de 2015, em frente da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

Os professores da rede estadual de ensino, juntamente com outras classes de servidores públicos, reuniram-se, desde a segunda-feira desta semana, nas imediações da Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico da Capital de nosso Estado, com o objetivo de protestar pela falta de discussões com as categorias acerca das modificações do sistema previdenciário a que se submetem, contidas no projeto de Lei 252/2015, originário do Poder Executivo Estadual.

Na tarde da quarta-feira, com o objetivo de evitar a participação da população no momento da votação do referido projeto, a força policial do Estado repeliu os manifestantes de forma truculenta e excessiva, com atos de violência, lançando bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio e efetuando disparos de “balas de borracha”, resultando, conforme já divulgado pela imprensa, mais de 200 feridos, alguns de forma grave.

Na atual conjuntura do estado democrático de direito, onde as forças policiais têm o dever de proteger os cidadãos, nada justifica sua utilização da forma como presenciada e divulgada nacionalmente.

Os professores estaduais, pilares da construção de um Brasil moderno e evoluído, jamais poderiam receber o tratamento dispensado pelas forças de segurança pública.

Assim, a Associação Paranaense do Ministério Público vem REPUDIAR os excessivos atos praticados, prestando imediata solidariedade aos servidores públicos atingidos e à comunidade local, salientando que já requereu à Procuradoria Geral de Justiça a adoções de todas as medidas necessárias à responsabilização dos envolvidos.

Curitiba, 30 de abril de 2015.

Claudio Rubino Zuan Esteves
1º Vice-Presidente  

Cláudio Franco Felix
Diretor de Defesa de Prerrogativas