Novembro Azul: APMP e PROMED alertam sobre cuidados com a saúde e câncer em homens
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, no Brasil, 239 mil homens poderão ter câncer até o fim de 2025. Entre os tumores, o de próstata representa 30% dos diagnósticos, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
“O câncer acontece a partir de uma anomalia nas células da próstata, em que ela perde a sua arquitetura original. As células começam a se multiplicar desordenadamente, permitindo a formação do tumor”, explica Graça Maria de Souza, coordenadora médica da PROMED.
Segundo ela, o principal fator de risco é o envelhecimento, mas outras questões podem “facilitar" o aparecimento da doença. “O histórico familiar é algo muito presente. Sabemos, ainda, que os pacientes de etnia negra também têm uma incidência maior”, alerta.
Cuidados
Ainda pelo que afirma a médica, não existe uma prevenção primária quando o assunto é o câncer de próstata. “O que orientamos é que os pacientes mantenham hábitos saudáveis, porque já se sabe que a obesidade e uma dieta inadequada, por exemplo, podem predispor tanto ao câncer de próstata quanto aos diversos outros tipos de câncer. Mas, além disso, o que se considera como uma prevenção secundária - e que é essencial - é realizar o rastreio da doença”, diz.
Por onde começar
O rastreio deve começar aos 45 anos para pacientes com casos de câncer na família e etnia negra e aos 50 para os demais homens. Graça Maria de Souza orienta que o protocolo deve iniciar pelo PSA, (exame colhido no sangue) e o toque retal, realizado no consultório com o urologista.
“Esses exames são complementares e devem ser feitos em conjunto, pois 20% dos cânceres de próstata podem vir com o PSA normal. Então, o toque retal não pode ser excluído. Fazendo os dois exames, reduzimos uma falha de diagnóstico”, reitera.
Veja mais informações na Coletânea Saúde do Homem, do Inca.