Outubro Rosa
A APMP iniciou nesta segunda-feira, 26 de outubro, a Campanha Outubro Rosa. Durante esta semana serão postados textos sobre o tema com o objetivo de chamar atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce.
Este é o segundo ano em que a APMP e a PROMED realizam ações no Outubro Rosa. Neste ano, a campanha tem o apoio da Zarroe Eventos e possui duas ações principais. A primeira será a divulgação diária de informações quanto à prevenção ao câncer de mama durante a semana proposta e, a segunda, será a arrecadação de lenços de cabelo para doação a mulheres em tratamento contra a doença.
Lenços de Solidariedade
Uma das ações da APMP neste ano será a arrecadação de lenços de cabelo para mulheres que estão em processo de tratamento contra o câncer. As doações podem ser realizadas de 26 a 30 de outubro, na sede administrativa da APMP, localizada na Rua Mateus Leme, 2018, Centro Cívico, em Curitiba. Toda a arrecadação será destinada a instituições que ajudam mulheres no tratamento da doença.
As primeiras 10 doações ganharão um broche com uma fita de cetim cor-de-rosa.
Convidamos as associadas a participar da campanha e, mais importante, todas que se encontrarem entre 40 e 69 anos de idade são estimuladas a fazer o exame mamográfico. Vale lembrar que, com a detecção precoce do câncer de mama, as chances de cura para a doença aumentam muito. Um toque, um exame, uma prática simples e que pode salvar uma vida!
Saiba mais sobre a campanha aqui.
O Câncer de Mama
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.
Estimativa de novos casos: 57.120 (2015 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e14.207 mulheres (2013 - SIM)
Fatores de risco
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres com mais idade, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença.
Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva - Referem-se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido pelo próprio organismo ou consumido por meio do uso continuado de substâncias com esse hormônio. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos); primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade (não ter tido filhos); e uso de contraceptivos orais e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, especialmente se por tempo prolongado. O uso de contraceptivos orais também é considerado um fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados controversos
Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente - Incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco de câncer de mama. Atualmente há alguma evidência de que ele aumenta também o risco desse tipo de câncer.
O risco devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Fatores genéticos/hereditários - Estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença.
Com informações: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Imagem: Jornal Boa Vista