Ruy Castro palestrou no Café com Letras

Uma viagem pelo Brasil musical das décadas de 40 a 60
4 de maio de 2016 >

No último dia 19, a APMP realizou mais uma edição do "Café com Letras", contando com a participação do escritor e jornalista Ruy Castro. O evento reuniu associados, familiares e convidados em uma noite agradável. O tema desta edição foi “O poder e o glamour: Rio 1946-1965”, inspirado no novo livro do convidado, “A noite do meu bem - A história e as histórias do samba-canção”.

O evento teve início com o tradicional café de confraternização e logo em seguida o Presidente da APMP, Cláudio Franco Felix, saudou todos os presentes e revelou que compartilhava com o convidado de uma mesma paixão, o Flamengo.

Ruy Castro iniciou sua palestra contando como teve uma iniciação precoce na literatura, já aos 05 anos de idade. Desde então, descobriu um amor intenso e verdadeiro pela palavra e pela informação. Continuou explicando o desafio de se fazer um livro e dividiu com os participantes alguns questionamentos que faz, quando está a escrever: como fazer para que todas as noites o leitor abra o livro, após as atividades do dia a dia? De que forma escrever sem que o leitor durma? 

O escritor afirmou que para se fazer uma biografia é necessário disciplina, muito conhecimento e pesquisa sobre o assunto. Segundo Ruy, não é apenas escrever, mas sim adentrar na vida do biografado, através de fotos, documentos, entrevistas, vídeos, música e demais recursos.

A partir de então, o jornalista abordou o seu livro recém-lançado “A noite de meu bem”, resultado de três anos de intensa pesquisa de conteúdo em discos, revistas, jornais, entrevistas. Ruy afirmou que o samba-canção é um patrimônio musical, pouco conhecido em nosso país. Era ao som desse ritmo que muitas decisões políticas nacionais eram tomadas, nas boates de Copacabana, mais especialmente na mítica Vogue.

O Vogue (como era mais conhecido) era frequentado por exuberantes luminares da República e por grã-finos discretos e atentos. Havia ali um clima de sedução inevitável, inspirada no novo estilo musical, no samba-canção.

Encerrando o evento o Diretor Cultural, o Diretor de Eventos Culturais, Luiz Eduardo Canto Azevedo Bueno, agradeceu o convidado por todo o conteúdo histórico dividido entre os participantes e afirmou “Ruy Castro nos deu uma aula de um Brasil relativamente recente, dos anos 40 a 60”.

Já o orador da APMP, Luiz Chemim Guimarães, finalizou destacando um trecho do novo livro de Ruy, pela beleza de conteúdo que traz: “o samba-canção nunca morreu, transformou-se, abriu-se, libertou-se de velhas rimas e soluções (...) mas a sua maneira, discreto, longe das luzes, continua a ser a grande reserva emocional da música brasileira (...) sua especialidade é o coração, a diferença é que chega a este pelo ouvido”.  Chemim encerrou “Como é bonito escrever assim e como é bonito, para nós leitores, ter o prazer desta leitura. Nesta obra quem lê também ouve ”.

Confira aqui as fotos do evento.

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